Memória de minhas putas tristes.

Três meses cansada, dormindo pelos cantos, fugido de academia, nem barro nem tijolo!! Lesões de psoríase voltando e pipocando no meu corpo...

Amaldiçoei o mês de agosto, fiquei uma semana sem fazer coco, com dor nas costas pensando que era muscular e era renal!!

A gota d´água foi uma fora sem tamanho no patrão e um bate-boca na rua com três caras do morro, porque eu queria passar na calçada e o kombi deles me bloqueava a passagem...

Falei com o médico que me mandou reduzir a dosagem do remédio, que é um estabilizador de humor, para tomar junto com o anti-depressivo (que já não me fazia bem), quando eu resolvi ler a bula até tomeu um susto!! Eu não sei porque aceitei tomar aquela bosta viu? Bem que Marcinha tinha já me dado uns toques... quase perco meu emprego, quase apanho de uns marmanjos na rua!! Que saco!!

Bem, resumindo o babado, larguei a porra toda, tomei tranquila minha cervejinha, fui na praia (coisa rara), e domingo até fui com uma amiga levar a filhinha dela no circo do Orlando Orfei, é bem verdade que eu queria, adoro circo!!

Armando disse que eu estava mais participativa e amável, no fim de semana, consegui organizar a redução de custos que a empresa precisa fazer, tive umas idéias para ajudar um amigo, estou dormindo bem e sem dores no corpo!!

O título do post refere-se ao livro de Gabriel Garcia Marques, cujo trecho eu já havia postado no outro blog. Não sei porque às vezes eu esqueço algumas coisas que leio... bom é que eu consigo encontrar quando preciso delas... este trecho sou eu e não há remédio que dê jeito!!

"Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco"